O Município tem como fundador João Francisco
Junqueira, nascido em 14 de novembro de 1727, na Freguesia de São Simão
da Junqueira, em Portugal. Por volta de 1746, João Francisco emigrou
para o Brasil, provavelmente em busca de melhores condições de vida na,
então, colônia de Portugal.
Iniciou sua fortuna na mineração do ouro, na Província de Minas Gerais, e
em 16 de janeiro de 1758 casou-se com Elena Maria do Espírito Santo.
Aproximadamente em 1764, mudaram-se para a região de Carrancas, Distrito
do Favacho, época em que João Francisco Junqueira requereu a Sesmaria
do Campo Alegre, sesmaria esta, que lhe foi concedida em 5 de abril de
1769.
O Município de São Thomé das Letras tem sua origem cercada de lendas e
mistérios. Conta-se que, farto de sofrer maus tratos na Fazenda Campo
Alegre, João Antão, um dos muitos escravos de propriedade de João
Francisco Junqueira, não encontrou alternativa, a não ser fugir de seus
algozes. Depois de percorrer muitos quilômetros, já a uma distância
segura, refugiou-se em uma gruta onde passou a viver. Anos mais tarde,
apresentou-se diante dele um senhor bem vestido e de maneiras finas, a
quem o escravo contou o porquê de sua fuga.
Depois de ouvi-lo, o tal senhor escreveu uma carta e o aconselhou a
voltar à fazenda, garantindo-lhe que seria perdoado. Voltando à Campo
Alegre, João Antão entregou a carta ao seu senhor que, admirado do seu
teor tão bem escrito, resolveu montar uma comitiva para, acompanhado
pelo escravo, dirigirem-se ao local onde, segundo este, a personagem
havia aparecido. Chegando à gruta, distante trinta quilômetros da
fazenda, já não encontraram ninguém. Em lugar do senhor descrito por
João Antão, encontraram uma escultura em madeira do apóstolo Tomé.
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